O Signo de Peixes
“Peixes – Aqui, na fase final, Peixes representa a morte da personalidade e a libertação da alma do seu cativeiro, e o seu regresso à tarefa de Salvador do mundo. Realizada a grande conquista, submete-se à morte derradeira. “Não há mais mar”, diz o livro antigo, o que significa inevitavelmente a “morte dos peixes” e a libertação da vida aprisionada, para poder ocupar formas renovadas ou ciclos renovados da Aventura divina.” (Astrologia Esotérica, p. 121)
Peixes (19 de Fevereiro – 20 de Março) é um signo associado ao elemento água, conotado com as emoções. Faz parte da cruz mutável que rege, de um ponto de vista simbólico, a vida da personalidade. Os piscianos são seres altamente sensíveis, muito receptivos e permeáveis às correntes energéticas circundantes. Quando polarizados no plano emocional, são como esponjas que absorvem do meio ambiente, sem qualquer tipo de discriminação, correntes emocionais negativas. Todos os piscianos sentem apelos de absoluto. Como personalidades tendem a iludir-se, construindo sonhos irrealizáveis e enveredando por caminhos de escapismo. Como almas, percebem no fundo de si mesmos a unidade da vida, sentem a dor do mundo e compreendem que a via de realização passa pela dádiva compassiva de si aos outros.
O signo de Peixes é regido pelos segundo e sexto raios, significando aqui que a tarefa nobre deste signo, nada menos que a salvação do mundo, é tarefa a realizar, derramando por um lado energias de amor-sabedoria pelo mundo e, por outro, pela devoção abnegada aos outros. Os últimos dois mil anos foram regidos astrologicamente por estas energias e verificou-se que, especialmente no campo religioso, foi o aspecto inferior do sexto raio que em determinados períodos mais se fez notar, manifestando-se indesejavelmente sob a forma de fanatismo.
O glifo de Peixes é representado por dois peixes unidos por um cordão. Representam a vida da personalidade e a vida da alma. Um dos peixes procura nadar para as águas turvas de Escorpião, as águas da matéria, do desejo inferior, enquanto que o outro peixe procura as águas redentoras do espírito, o amor incondicional.
Os Peixes têm como co-regentes, ao nível da personalidade, Neptuno e Júpiter. A expressão inferior de Neptuno é responsável pelos fascínios que afligem as massas (grande parte da informação que circula pelas redes sociais é de muito pouca qualidade e apelo fácil e massificante), mas tem a virtualidade de subtilizar os corpos emocionais; já a expressão inferior de Júpiter pode conduzir ao crescimento de desejos de natureza inferior, mas tem a virtualidade de poder orientar e atrair (2º raio) a humanidade na senda do amor.
Mas é Plutão, o planeta da morte e das profundezas, o regente esotérico deste signo. Significando aqui que em Peixes, como último signo do Zodíaco — a fechar simbolicamente todo um ciclo de encarnações — é preciso dominar e matar definitivamente todas as formas inferiores que impeçam o regresso à Casa do Pai. É Plutão que traz a morte às formas inferiores, redimindo-as e reduzindo o homem ao essencial.
Por isso mesmo, não admira que a Nota-Chave da alma seja “Eu deixo a casa do Pai e, ao voltar atrás, eu salvo.” Depois da peregrinação por este mundo, só é possível o regresso aos Céus, à Unidade, desde que a salvação dos outros, tenha sido uma realidade.
Na verdade, as energias de Peixes, vividas como alma, implicam sempre um sacrifício, isto é, o ofício sagrado de servir e amar incondicionalmente os filhos da criação.