Como praticar
Com o incremento explosivo que se tem verificado na busca de aulas de yoga, hoje já não é difícil encontrar mão amiga que nos auxilie nos primeiros passos.Entretanto, advogamos aos principiantes que comecem por ler um ou dois bons livros sobre a matéria. Na bibliografia*, poderão encontrar algumas referências com bastante interesse e de autores de confiança.Em seguida, ou em simultâneo, deverão procurar encontrar quem os possa informar sobre as diferentes escolas e modalidades aí praticadas. Esta é, por certo, uma difícil barreira a vencer, para cuja ultrapassagem não existem receitas generalizáveis. Talvez pudéssemos cair no lugar-comum de dizer aos menos ousados que precaução excessiva pode retirar oportunidades e aos mais aventureiros que sejam menos incautos na recolha daquelas informações. Ou por outras palavras: que os primeiros não receiem errar ou ter de mudar de escola ou de professor; e os segundos que evitem frequentar duas ou três escolas simultaneamente ou não mudem de instrutor após uma apreciação fugaz ou uma informação pouco fundamentada. Uma regra de ouro é perguntar sempre o porquê das coisas. Depois, o bom senso ajudará a bater à porta correcta: evitar querer poderes especiais ou assistir a acontecimentos espectaculares; os ensinamentos fidedignos são normalmente gratuitos ou parcamente remunerados; o apoio nos yoga sutra de Patanjali é imprescindível; uma boa aula é ministrada por um instrutor ou monitor, por vezes com auxiliares, e poucos participantes, embora possam ser conduzidos trabalhos de grupo para um número de participantes mais numeroso; o objectivo fundamental do ensino deve ser a preparação do discípulo para a meditação correcta para, quando possível, ele poder tentar a conquista do samâdhi ou nirvana; cada instrutor ou escola de confiança fundamenta as suas instruções no ensino de mestres consagrados (alguns destes ainda são vivos); como em tudo, exageros só prejudicam.
Vem, então, o momento crucial: o ingresso numa escola e numa das modalidades. Conquanto tal não seja indispensável, cuidado. A escolha é de facto difícil perante as diferentes possibilidades surgidas. No entanto, é muito frequente qualquer instrutor autorizar a presença de um aspirante por algumas sessões, a fim de que ele possa avaliar por si se sente afinidade pelo grupo e pelo instrutor, se aprecia o ensinamento e/ou a modalidade praticada, ou se considera os exercícios realizados adaptados a si e ao seu estado evolutivo geral. Destaque-se, porém, que o critério de selecção deve depender do ensinamento e não das personalidades do grupo ou do instrutor.
Mais uma nota de atenção: de um modo geral, quando começamos, é impossível saber se as bases e a força interior que possuímos para a prática são já razoáveis ou ainda somos meros debutantes nos primeiros passos, cheios de hesitação e de dúvidas. Saiba-se que é habitual só se notarem os primeiros efeitos da prática passados alguns meses, por vezes anos, de persistência; é claro que referimos efeitos nítidos e permanentes.
As modalidades mais frequentemente praticadas no Ocidente são as seguintes: hatha, bhakti e raja; as mais poderosas são: samâdhi, raja e agni; outras modalidades: laya, mantra, dhyani, karma, jnana, kundalini.
Pode esclarecer-se ainda que o hatha yoga foi a modalidade por excelência antes do surgimento da Raça Atlante, o bhakti yoga dirigiu-se aos atlantes dos primeiros tempos, e o raja yoga tem sido a modalidade fundamental da Raça-raiz a que pertencemos (designada por vezes por Ariana, outras vezes por Adâmica) e que o agni yoga é e será a modalidade mais distinguida pela Raça futura (a que nos sucederá e da qual já vamos tendo indícios muito nítidos em todo o mundo).
Bibliografia de introdução:
Princípios do Yoga, de Ernest Wood, Editora Ulisseia
O Caminho Secreto, de Paul Brunton, Editora Pensamento
Raja Yoga, de Yogue Ramacharaca, BrasÃlia Editora