Postura ou Posição
Tendo encontrado a ocasião e o lugar, sentemo-nos numa cadeira confortável e comecemos a meditar. Surge depois a pergunta: como nos sentamos? A disposição de pernas cruzadas é a melhor, ou devemos ajoelhar, ou sentar, ou ficar em pé? A posição mais normal e mais fácil é sempre a melhor.
A postura de pernas cruzadas tem sido, e ainda é, muito usada no Oriente, tendo sido escritos muitos livros sobre a matéria. Algumas posturas relacionam-se com o corpo nervoso e aquela estrutura interior de nervos delicados, chamados nadis pelos hindus, subjacentes ao sistema nervoso reconhecido no Ocidente.
O problema de tais posturas resulta de elas poderem conduzir a duas reacções bastante indesejáveis; levam a pessoa a concentrar a
Visualização
O passo seguinte na prática da meditação é o uso da imaginação; representamo-nos o homem inferior triplo, alinhado ou em comunicação directa com a alma. Existem muitas formas para o fazer. Designamo-la trabalho de visualização. Parecerá que a visualização, a imaginação e a vontade constituem três factores muito poderosos de todos os processos criativos. São as causas subjectivas para muitos dos nossos resultados objectivos.
No começo, a visualização é em grande parte matéria de fé experimental. Sabemos que através do processo de raciocínio chegámos à compreensão que, dentro e para além dos objectos manifestados, reside um Objecto Ideal ou Padrão Ideal, buscando manifestar-se no plano físico. A prática da visualização, da imaginação e o uso da vontade são actividades previstas para acelerar a manifestação deste Ideal.
Quando visualizamos, utilizamos a concepção mais elevada daquilo que o Ideal pode ser, provido por algum género de material, normalmente mental, visto não sermos ainda capazes de conceber formas ou tipos de substância superiores com os quais guarnecer as nossas Imagens.
Quando produzimos uma imagem mental, a substância mental da nossa mente estabelece uma certa taxa de vibração, que atrai a si uma classe correspondente de substância mental onde a mente está imersa. A vontade mantém esta imagem firme e confere-lhe vida. Este processo prossegue quer sejamos até agora capazes ou não de o ver com a visão mental. Pouco importa se não o conseguimos observar, pois o trabalho criativo continua na mesma. Nalguma ocasião talvez possamos acompanhar e realizar com consciência todo esse processo.
Ligado a esta tarefa, no estágio de principiante, algumas pessoas desenham os três corpos (os três aspectos da natureza formal) como se ligados a um corpo de luz radiante, ou visualizam três centros de energia vibratória recebendo estímulo de um centro superior e mais poderoso; outros imaginam a alma como um triângulo de força, ao qual se liga o triângulo da natureza inferior, reunidos pelo “cordão prateado” referido na Bíblia cristã, o sutratma ou fio da alma das Escrituras orientais, a “linha de vida” de outras escolas de pensamento. Outros ainda preferem conservar o pensamento de uma personalidade unificada, ligada a e ocultando em si a Divindade residente, Cristo em nós, a esperança de glória.
É sensivelmente secundário seja que imagética seleccionarmos, desde que comecemos com a ideia básica do Eu procurando contactar e usar o Não-eu, o seu instrumento nos três mundos de expressão humana, e vice-versa, com o pensamento desse Não-eu a ser impulsionado, e a virar-se na direcção da sua fonte de existência. Tendo realizado isto, podemos prosseguir o nosso trabalho meditativo. O corpo físico e a natureza do desejo mergulham, por seu turno, abaixo do nível de consciência, nós ficamos centrados na mente e buscamos vergá-la à nossa vontade.
mente nas mecânicas do processo e não no objectivo; e, em segundo lugar, conduzem com frequência a um sentido de superioridade delicioso, com base no nosso esforço de fazermos algo que a maioria não consegue, destacando-nos como conhecedores potenciais. Ficamos absorvidos pelo lado formal da meditação; ocupamo-nos com o Não-eu, em vez de com o Eu.
Assim, seleccionemos aquela postura que mais facilmente nos capacita a esquecer termos um corpo físico. Provavelmente para o ocidental é a posição de sentado; as principais exigências são sentarmo-nos erectos, com a coluna direita; sentamo-nos relaxados (sem nos afundarmos), evitando qualquer estado de tensão em todo o corpo, deixando cair ligeiramente o queixo, a fim de libertar alguma tensão atrás do pescoço. A meditação é um acto interior, só podendo ser executada com sucesso se o corpo estiver distendido, equilibrado com correcção e portanto esquecido.
Respiração
Após obtido conforto físico, relaxamento, e tendo-nos desviado da consciência do corpo, podemos observar de seguida a respiração e certificarmo-nos se está calma, regular e rítmica.
Deve realçar-se aqui uma advertência sobre a prática de exercícios respiratórios, excepto para quem tenha começado por uma prática de anos de meditação correcta e purificação da natureza corporal. Nos ensinamentos antigos do Oriente, o controlo da respiração só era autorizado após os primeiros três “meios para a união”, como eram designados, terem sido forjados na vida e mesmo só sob instrução adequada.
A prática de exercícios respiratórios nada tem a ver com desenvolvimento espiritual. Tem muita relação com desenvolvimento psíquico, conduzindo a sua prática a muitos perigo e dificuldade. Nos tempos antigos, era só aqui e ali que os instrutores seleccionavam uma pessoa para esta forma de instrução, sendo acrescida a um treino que tinha gerado uma certa medida de contacto com a alma, de forma que a alma pudesse guiar as energias evocadas pela respiração para o fomento dos seus objectivos e para o serviço mundial.
Por conseguinte, nada mais faremos do que ver se a nossa respiração é tranquila e regular, desviando-se então dos pensamentos do nosso corpo por inteiro para começarmos o trabalho de concentração.
Concentração
Após obtido conforto físico, relaxamento, e tendo-nos desviado da consciência do corpo, podemos observar de seguida a respiração e certificarmo-nos se está calma, regular e rítmica.Deve realçar-se aqui uma advertência sobre a prática de exercícios respiratórios, excepto para quem tenha começado por uma prática de anos de meditação correcta e purificação da natureza corporal. Nos ensinamentos antigos do Oriente, o controlo da respiração só era autorizado após os primeiros três “meios para a união”, como eram designados, terem sido forjados na vida e mesmo só sob instrução adequada.
A prática de exercícios respiratórios nada tem a ver com desenvolvimento espiritual. Tem muita relação com desenvolvimento psíquico, conduzindo a sua prática a muitos perigo e dificuldade. Nos tempos antigos, era só aqui e ali que os instrutores seleccionavam uma pessoa para esta forma de instrução, sendo acrescida a um treino que tinha gerado uma certa medida de contacto com a alma, de forma que a alma pudesse guiar as energias evocadas pela respiração para o fomento dos seus objectivos e para o serviço mundial.
Por conseguinte, nada mais faremos do que ver se a nossa respiração é tranquila e regular, desviando-se então dos pensamentos do nosso corpo por inteiro para começarmos o trabalho de concentração.