Uma Prática de Meditação

Uma Prática de Meditação

Etapas

  1. A obtenção dos controlo e conforto físicos.
  2. Observa-se a respiração rítmica e regular.
  3. Visualização do eu inferior triplo (físico, emocional e mental):
    a . Estando em contacto com a alma.
    b. Sendo um canal para a energia da alma, por intermédio da mente, directo até ao cérebro. O mecanismo físico pode ser controlado a partir daqui
  4. Depois, um acto de concentração definido, convocando a vontade. Isto abarca um esforço para conservar a mente imóvel sobre um certo estilo de palavras, de modo que o seu significado seja claro na consciência, e não sobre as próprias palavras, ou o facto de estarmos a tentar meditar.
  5. Em seguida, afirmar com atenção focalizada –
    ” Mais radiante que o Sol, mais puro que a neve, mais subtil que o éter é o Eu, O espírito em mim. Eu sou esse Eu, Aquele Eu Eu sou”
  6. Concentrar agora nas palavras: “Tu, Deus, que me vedes”. A mente não pode hesitar na concentração sobre os seus sentido, significado e implicações.
  7. Então, finalizar deliberadamente o trabalho de concentração, dizendo uma vez mais com a mente refocalizada sobre as ideias subjacentes à seguinte afirmação de encerramento:
    “Existe uma paz que ultrapassa o entendimento; ela reside nos corações daqueles que vivem no Eterno. Existe um poder que faz todas as coisas novas; ele vive e move-se naqueles que sabem que o Eu é um”

Esta é claramente uma meditação para principiantes. Possui vários pontos focais onde é empregue um processo de reunião e um método de refocalização.

(Do Intelecto á Intuição, pp.228-229)
O seguimento de um modelo na meditação é necessário em geral por vários anos, a menos que haja uma prática anterior e, usualmente, mesmo aqueles que alcançaram a etapa de contemplação examinam-se com frequência usando um sistema para os certificar que não estão a recuar para um estado tranquilo, emocional e negativo.
Do Intelecto á Intuição, p.227

Existem muitos outros planos de meditação proporcionadores dos mesmos resultados, e muitos outros destinados a trabalhadores avançados. Existem esquemas de meditação elaborados para gerar certos resultados específicos em algumas pessoas, mas é óbvio que não podem ser incluídos nesta apresentação. O máximo possível é um plano de meditação geral e seguro.

Todavia, em todos eles, a nota essencial a destacar é que a mente deve ficar activamente ocupada com ideias e não com o esforço para se concentrar. Por detrás de cada palavra emitida e de cada estágio seguido deve existir a vontade de compreender e uma actividade mental de natureza unidireccional.

Na sexta etapa acima descrita, onde é realizado um esforço para meditar de forma definida sobre um modelo de palavras, velando uma verdade, nada deve existir de automatismo no processo. É bastante fácil auto-induzirmos uma condição hipnótica através da repetição rítmica de determinadas palavras. Diz-se que Tennyson induzia em si um estado de consciência elevado pela repetição do seu próprio nome. Isto não nos interessa. O transe ou condição automática é perigosa.

Uma actividade mental intensa é o modo seguro, confinando-a ao campo de ideias disponibilizado por algum “pensamento-semente” específico ou objecto de meditação. Esta actividade exclui todos os pensamentos alheios, excepto os despertos pelas palavras em apreço.

Para o principiante perplexo, desencorajado pela incapacidade de pensar desta forma, Alice A. Bailey tem a seguinte sugestão:
“Imagine que tem de proferir uma conferência sobre estas palavras a uma audiência. Represente-se a elaborar as notas com as quais falará mais tarde. Transporte a sua mente de etapa para etapa e descobrirá que passaram cinco minutos sem a sua atenção vaguear, tão elevado terá sido o seu interesse”.
O método sequencial sugerido acima é um modo seguro para o principiante. Outros ocorrerão à mente do estudante inteligente. Todos os mundos de pensamento estão abertos sobre os quais a mente pode explorar à-vontade (notar estas palavras) desde que tenham referência no pensamento-semente, e uma relação definida com a ideia seleccionada, e sobre a qual procuramos concentrar-nos. É óbvio que cada pessoa seguirá a tendência da sua própria mente artística, científica ou filosófica, sendo essa para si a linha de menor esforço.

(Do Intelecto á Intuição, pp.229-231, adaptado)